Físicos estão em busca do líquido perfeito


Representação gráfica de uma das primeiras colisões de íons realizadas (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)


De acordo com as últimas pesquisas, o fluido mais líquido que existe é um tipo de plasma produzido pela colisão de íons pesados no LHC.

Atualmente, físicos de partículas têm se ocupado de uma questão muito curiosa: descobrir qual é o fluido mais líquido que existe. Em 2004, cientistas usaram teoria quântica para definir qual seria a taxa mais baixa de viscosidade que um fluido poderia apresentar. Na ocasião, mesmo o hélio superfluído, cuja viscosidade tende a zero, estava muito acima do limiar calculado pelos pesquisadores.
Em 2005, um novo candidato foi encontrado para o recorde de fluido mais líquido da Terra: o plasma de quarks-glúons, um estado da matéria que pode ser gerado durante a colisão de íons no Grande Colisor de Hádrons (LHC) e que possui viscosidade quase igual ao limite estimado em 2004.
Agora, cientistas do Instituto de Física Teórica da Universidade Técnica de Viena acreditam que podem quebrar esse limite. De acordo com o ScienceDaily, os cálculos anteriores foram feitos a partir da consideração de que o plasma de quarks-glúons tinha as mesmas propriedades desde a sua formação.
Mas na verdade, esse material possui características que o diferenciam em sua fase inicial. O que os cientistas estudam no momento é uma forma de incluir essas diferenças em suas fórmulas para refazer os cálculos.


de http://www.tecmundo.com.br/fisica/

Cientistas confirmam: meteorito de Marte foi encontrado no Marrocos




Os fragmentos do meteorito Tissint, o maior que já chegou à Terra, que caíram no Marrocos, em julho do ano passado, são realmente procedentes de Marte, de acordo com equipe internacional de cientistas que analisaram o material.
De acordo com boletim publicado pela Sociedade Internacional de Meteorítica e Ciência Planetária, o meteorito era composto de sete quilos de material rochoso em pedaços que vão desde um grama a quase um quilo.
Ainda segundo especialistas, a química encontrada nos fragmentos pode ajudar nos estudos sobre o ambiente marciano.

Estudo identifica planetas com mais chance de vida extraterrestre

O exoplaneta Gliese 581g – no primeiro plano desta imagem artística, com três outros que compõem o sistema – foi considerado o mais parecido com a Terra, em uma lista dos planetas mais propensos a abrigar vida extraterrestre. (Foto: Lynette Cook/ Nasa) 

Entretanto, segundo o estudo da Universidade de Washington, é a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno (na foto, em frente ao planeta dos aneis) que mais reúne condições químicas, atmosféricas e de temperatura para organismos vivos. (Foto: Nasa/ JPL/ STSI) 


Depois de Titã, Marte foi o planeta que ficou mais perto da Terra no sentido de reunir as condições favoráveis à vida. Esta imagem foi capturada pela sonda Endeavour, que percorreu mais de 20 quilômetros entre as crateras Victoria e Endeavour, no Planeta Vermelho. (Foto: Nasa) 

Imagem da lua Encéladus, que ficou no 10º lugar na lista dos ‘habitáveis’, feita pela sonda Cassini. (Foto: Nasa)



A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os planetas e luas mais propensos à existência de vida extraterrestre, segundo um artigo científico publicado por pesquisadores americanos.
O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os planetas e satélites segundo a sua semelhança com a Terra e de acordo com condições para abrigar outras formas de vida.
Segundo os resultados publicados na revista acadêmica Astrobiology, a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta – ou seja, localizado fora do Sistema Solar – de cuja existência muitos astrônomos duvidam.

Índice de Similaridade (Terra = 1)

Gliese 581g – 0,89
Gliese 581d – 0,74
Gliese 581c – 0,70
Marte – 0,70
Mercúrio – 0,60
HD 69830d – 0,60
55 Cnc c – 0,56
Lua – 0,56
Gliese 581e – 0,53
Em seguida, no mesmo critério, veio Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro – e possivelmente cinco – planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.

Condições favoráveis 

Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch, explicou que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O Índice de Similaridade com a Terra (ESI, na sigla em inglês) ordenou os planetas e luas de acordo com a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe.
Já o Índice de "Habitabilidade" Planetária (PHI, sigla também em inglês) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, ou de uma atmosfera ou um campo magnético.

Índice de Habitabilidade (Terra = 1)

Índice de Habitabilidade (Terra = 1)
Titã – 0,64
Marte – 0,59
Europa – 0,49
Gliese 581g – 0,45
Gliese 581d – 0,43
Gliese 581c – 0,41
Júpiter – 0,37
Saturno – 0,37
Vênus – 0,37
Enceladus – 0,35
Fonte: Astrobiology
Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite.
Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.

'Habitáveis'

No critério de habitabilidade, a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida de Marte e da lua Europa, que orbita Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana, já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" – indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas – na luz emitida por planetas distantes.

Estrelas de diferentes cores




As cores das estrelas variam em função de sua composição química e de sua temperatura.A primeira vista parecem todas da mesma cor, branco, porém observadas com atenção podem se encontrar um conjunto de cores. As estrelas menos quentes, que queimam a 3 000 graus, têm coloração vermelha. As mais quentes, nas quais a temperatura é de 30 000 graus, apresentam tons de azul.
  Em 1893 Wilhelm Wien descobriu que o comprimento de onda da radiação 
emitida por um corpo negro era inversamente proporcional à sua temperatura, ou 
seja, à medida que a temperatura dos corpos aumenta, sua cor tende a mudar para o azul. Se as cores das estrelas pudessem ser medidas com precisão, então a 
temperatura de suas superfícies poderia ser deduzida. 
Devido à incandescência, esses objetos tornam-se fontes de luz – e sua cor depende diretamente da composição da luz que irradiam. Não é difícil analisar as cores de uma luz. Basta fazê-la passar por uma fenda delgada e atravessar um prisma de vidro. Com isso obtemos o espectro da luz.O espectro das estrelas geralmente se apresenta como uma faixa luminosa e contínua, contendo todas as cores do arco-íris interrompidas por raias escuras. Essas raias são as “impressões digitais” das estrelas, revelando a composição química das camadas superficiais do astro.
Cada elemento químico tem a propriedade de mostrar raias no espectro em comprimentos de onda característicos. Comparando as raias de uma estrela com as obtidas em laboratório (com as “assinaturas” dos elementos químicos) é possível determinar a composição do astro.
Uma estrela emite energia em todos os comprimentos de onda, mas não com a mesma intensidade. Existe um pico de sua radiância para cada temperatura. Uma quantidade de energia que vai determinar a cor predominante da estrela. É por isso que não existem estrelas verdes.
Em princípio, deveriam existir estrelas em todas as cores do arco-íris (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta). Mas, quando essa seqüência de cores é obtida em função da temperatura de objetos incandescentes, a energia do branco se sobrepõe ao verde.

   

Nobel de Física





O Nobel de Física é uma condecoração criada pela Fundação Nobel, de grande relevância desde sua criação, obedecendo a vontade do químico Alfred Nobel, expressa em seu testamento. É um prêmio atribuído anualmente, em outubro, pelos membros daAcademia Real das Ciências da Suécia, a eminentes pesquisadores que se tenham destacado na produção de conhecimentos inovadores no domínio da física. A medalha e o diploma da fundação são oficialmente entregues pelo rei da Suécia, a 10 de dezembro, dia do aniversário do criador do prêmio. Desde 2001, o valor do prêmio é de 10 milhões de coroas suecas (pouco mais de 1 milhão de euros).

Alguns dos Físicos mais renomados que receberam o prêmio:

1903-Pierre Curie    

Como se sabe a idade do universo?


Há várias formas de fazer esse cálculo. Uma delas é utilizar um índice numérico conhecido como constante de Hubble, que relaciona a velocidade atual de expansão do universo com a distância entre as galáxias. A partir dessa relação é possível descobrir desde quando as galáxias estão se movimentando e, conseqüentemente, quando o universo nasceu. Outra forma é considerar a idade das galáxias como o limite mínimo para a idade do universo inteiro. Pode-se estabelecer esse tempo pela análise das características das estrelas. Cor, temperatura e massa variam de acordo com o estágio evolutivo em que o astro se encontra. Existem ainda cálculos de física nuclear, que rastreiam isótopos radioativos em meteoritos. É o equivalente ao carbono 14 usado para a datação de fósseis.

Cor da Via Láctea é igual a da neve da Primavera




Dois astrônomos dizem ter descoberto qual a cor verdadeira da nossa galáxia. Garantem que, vista de fora, a Via Láctea é branca. Mais precisamente, «como a neve da Primavera». 

O que o professor Jeffrey Newman da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, e o seu aluno Tim Licquia fizeram foi tentar ultrapassar a limitação de não se poder observar diretamente de um ponto de vista exterior a galáxia.

Recorrendo aos dados sobre um milhão de galáxias, que constam da Sloan Digital Sky Survey, os cientistas compararam-nos com aqueles que se conhecem sobre a Via Láctea e tentar encontrar galáxias semelhantes.

Depois de selecionarem as mais parecidas estabeleceram uma média entre elas que terá dado a informação mais precisa possível sobre a cor da Via Láctea. 

«A melhor descrição que podemos fazer é se se olhar para a neve da primavera, que tem flocos finos, uma hora depois do amanhecer ou uma hora antes do pôr do Sol, ver-se-á o mesmo espectro de luz que um astrônomo extraterrestre numa outra galáxia veria se olhasse para a Via Láctea», disse Jeffrey Newman à BBC.

Química das galáxias



Assim como o vento sopra a poeira na Terra, os ventos estelares sopram matéria para fora das estrelas ao longo da vida desses astros.
O vento estelar interessa aos astrônomos porque é um fenômeno preliminar do que vai ocorrer no fim da vida da estrela.
Esse vai-e-vem dos Mais em elementos no meio interestelar compõe uma área de estudos conhecida como evolução química das galáxias.
Esse estudo, de como os elementos químicos mudam com o tempo e com a posição dentro das galáxias, é o tema de interesse de um grupo de pesquisadores brasileiros, coordenado pelo professor Walter Maciel, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
O foco do projeto são as estrelas centrais das nebulosas planetárias.
"As mudanças vão depender da evolução com o tempo. Então, precisamos saber qual é a idade delas. Estamos calculando as variações da composição química, mas precisamos saber a que época da vida da galáxia elas se aplicam", disse Maciel.
"A composição química atual da Via Láctea é diferente de 5 bilhões ou de 10 bilhões de anos atrás. Precisamos estudar objetos que tenham idades correspondentes a cada uma das fases da vida da galáxia e, para isso, é preciso calcular as idades de cada objeto em estudo", explicou.

É possível viajar no tempo?



Santo Agostinho dizia que os profetas eram pessoas especiais a quem Deus dava o dom de viajar pela linha do tempo. Por muitos anos essa questão ocupou as mentes mais brilhantes do século XX, como Albert Einstein e Stephen Hawking. A Teoria da Relatividade deu um passo gigantesco rumo a uma resposta satisfatória ao propor um modelo em que a luz se torna constante enquanto o tempo se deforma na percepção de um observador em movimento. Quanto mais rápido ele viaja, mais longo fica cada segundo em comparação ao que ficou parado. O físico Kip Thorne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, demonstrou que, em tese, é possível viajar no tempo pelos chamados "buracos de minhoca", nome dado a estruturas cósmicas remanescentes do Big Bang que conectam como túneis dois pontos distantes do universo. Mas a tese encontra obstáculos – o mais interessante deles é o chamado "paradoxo do avô", em que alguém volta no tempo, mata o ascendente paterno e, portanto, não poderia nascer. Além disso, ela implica o domínio de tecnologias de deslocamento no espaço totalmente fora do alcance da humanidade atual.

Uma outra teoria sobre como poderíamos viajar para frente e para trás no tempo usa a idéia das cordas cósmicas, proposta pelo físico da Universidade de Princeton J. Richard Gott em 1991. São, como seu nome sugere, objetos em forma de corda que alguns cientistas acreditam terem se formado nos estágios iniciais do universo. Estas cordas podem cobrir toda a extensão do universo e estão sob imensa pressão: milhões e milhões de toneladas.
Estas cordas cósmicas, que são mais finas do que um átomo, gerariam uma enorme quantidade de atração gravitacional sobre quaisquer objetos que passassem perto delas. Os objetos presos a uma corda cósmica poderiam viajar a velocidades incríveis e, já que a força gravitacional delas distorce o espaço-tempo, elas poderiam ser usadas em viagens no tempo. Aproximando duas cordas cósmicas, ou uma corda e um buraco negro, talvez fosse possível deformar o espaço-tempo o suficiente para criar curvas de tempo fechadas.  
Uma nave espacial poderia se transformar numa máquina do tempo usando a gravidade produzida pelas duas cordas cósmicas (ou por uma corda e um buraco negro) para se lançar ao passado. Para isso, ela faria um trajeto circular, em forma de laço, em torno das cordas cósmicas. No entanto, ainda há muita especulação sobre se estas cordas existem e, em caso afirmativo, qual forma teriam. O próprio Gott disse que, para voltar apenas um ano no tempo, seria preciso um laço de corda que contivesse metade da massa-energia de uma galáxia inteira. E, como com qualquer máquina do tempo, você não poderia voltar mais longe do que o ponto em que a máquina do tempo foi criada.